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Vila Leopoldina, alto padrão tamanho família

  • 27/12/2019

Localizada na zona oeste da cidade, a Vila Leopoldina é muito procurada por sua localização estratégica, na interseção das marginais Pinheiros e Tietê.

O nome do bairro foi escolhido em 1894, em homenagem a dona Leopoldina Kleeberg, uma das sócias da empresa que loteou a região no mesmo ano.

Uma das curiosidades do bairro é a quantidade de galpões utilizados por produtoras como estúdios fotográficos e cinematográficos. 

Filmes como Todas as Razões para Esquecer, primeiro longa dirigido por Pedro Coutinho, foi totalmente gravado na Vila Leopoldina. O reality show culinário The Tasty Brasil, e as séries 3%, da Netflix, e Sessão de Terapia, exibido pelo canal GNT, são outros exemplos de produções que foram realizadas nos galpões do distrito.


História

A região que hoje é delimitada como Vila Leopoldina, antigamente pertencia ao sítio Emboaçava, sítio que pertencia a João Correia da Silva, o que originou o primeiro apelido da região: Várzea dos Correias.

O sítio foi vendido para jesuítas alemães e chácaras menores foram distribuídas aos religiosos, fato que explica grande quantidade de ruas com nomes germânicos no distrito.

Em 1894, a empresa E. Richter & Company comprou as terras e optou por fazer um loteamento. Para atrair compradores ricos, foi oferecido um passeio de barco aos possíveis comprados. A embarcação passeou pelo Rio Tietê e desembocou em um piquenique para mais de 500 pessoas. 

A estratégia não funcionou como esperado, pois a região era lamacenta e difícil para construção.

Por essa característica do solo, a região passou a abrigar fábricas que utilizavam barro ou argila como matéria-prima.

Fato que mudou em 1950 com a chegada de grandes industrias, tornando o bairro conhecido como um complexo industrial.

A inauguração da Ceagesp em 1969 mudou novamente as características do bairro. A Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo é a fusão de duas empresas mantidas pelo governo do estado, o Centro Estadual de Abastecimento (CEASA) e a Companhia de Armazéns Gerais do Estado de São Paulo (CAGESP). O local nada mais é do que um dos maiores centros atacadistas de alimentos de todo o mundo.

Uma nova mudança foi estabelecida no distrito na década de 90, quando as fábricas abandonaram a região em busca de melhores incentivos fiscais. Esse fato impulsionou o “boom” imobiliário e, a partir dos anos 2000, a região vivenciou a expansão residencial.


Mobilidade

Duas estações da CPTM estão no bairro: a Ceasa, da linha 9-Esmeralda, e a Imperatriz Leopoldina, da linha 8-Diamante. O bairro também tem proximidade com as estações Domingos de Moraes e Villa Lobos-Jaguaré.

O bairro é valorizado por sua localização de fácil acesso às marginais Pinheiros e Tietê.

Além das marginais, as principais vias do bairro são: Avenida Dr. Gastão Vidigal, Avenida Imperatriz Leopoldina, Avenida Mofarrej e Rua Mergenthaler.

Nessas vias, é possível encontrar os pontos de ônibus do distrito.


Lazer

Devido a construção de condomínios de luxo, a Vila Leopoldina precisou se adaptar para atender esse novo público. No distrito é possível encontrar diversas opções de bares e restaurantes. 

Algumas das opções gastronômicas são: o sofisticado Mangiare, o tradicional Nello´s, a criativa pizzaria Brascatta e o brasileiro Imperatriz Villa Bar, com feijoada e samba de raiz aos finais de semana. 

Outros setores que tiveram destaque com o “boom” imobiliário de alto padrão, foram os salões de beleza e as academias que podem ser encontradas aos montes na região.

O limite do bairro fica colado com o noroeste do parque Villa-Lobos, essa proximidade dá fácil acesso não só ao parque como também a Biblioteca Villa-Lobos, o Anfiteatro Paulo Sperati e ao Orquidário Ruth Cardoso e, consequentemente, o Shopping Villa Lobos.


1. Ceagesp, a Feira de Flores e o Festival Gastronômico

Para a formação do Ceagesp, o governo convocou feirantes do Mercadão para ocuparem o galpão construído, decisão que a princípio não agradou os comerciantes, por conta da localização afastada; mas atualmente o local é o maior centro atacadista de alimentos da América Latina e o terceiro maior do mundo com os seus 700 mil m² totalmente ocupados.

Aos finais de semana, a feira oferece para os visitantes frutas, verduras, pescados, flores, artesanatos e lanches prontos.

Durante a semana, o espaço é ocupado por flores. A Feira de Flores da Ceagesp conta com mais de mil produtores que comercializam, por semana, entre 800 e 1.000 toneladas. Esta feira acontece de madrugada e nela você encontra plantas, gramas e mudas, além dos mais variados tipos de flores.

Outro evento marcante no local é o Festival de Sopas. Há mais de 50 anos, nos meses de maio a agosto, as noites no Ceagesp são bem movimentadas. Toda semana, 6 novos sabores compõem o menu, mas o prato mais procurado pelo público é a sopa de cebola, que tem seu lugar cativo no cardápio e no coração do público.

Outros eventos acontecem no espaço durante o ano, como o Festival do Pescado e Frutos do Mar e o Festival de Camarão e Massas. 

O primeiro possui duas edições ao ano e tem como destaque o camarão assado e a paella gigante. Já o segundo, ocorre nos meses de março e abril e conta com aproximadamente 40 pratos no cardápio que são alterados semanalmente, mas o espaguete com camarão preparado dentro do queijo parmesão é fixo durante todo o evento. 

Nos dois festivais, paga-se um preço fixo por pessoa para comer à vontade. Bebidas e sobremesas são cobradas à parte. Durante a semana o local abre para a janta, nos sábados serve almoço e jantar, mas aos domingos o espaço abre somente para almoço.


2. Galpão VB

Fundado em 1991, por Solange O. Farkas, a Associação Cultural Videobrasil reúne obras que são expostas no Festival de Arte Contemporâneas Sesc_Videobrasil, desde sua primeira edição em 1983.

As obras expostas têm como foco as culturas sulistas do mundo, como América Latina, África, Leste Europeu, Ásia e Oriente Médio.

O local também conta com um espaço público para leitura com um acervo de mais de 3 mil títulos, todos sobre artes visuais.

No Brasil, o Festival ocorre a cada dois anos, mas a associação realiza diversas oficinas, cursos, seminários, conversas com artistas, amostras itinerantes e exposições internacionais, além de produzir documentários, mapeamentos, pesquisas e publicações sobre a arte contemporânea e seus autores.


3. Teatro UMC

O Teatro UMC, da Universidade de Mogi das Cruzes, oferece um espaço totalmente adaptável para a realização de peças e musicais, espetáculos de dança, shows, orquestras e óperas. Além de contar com uma infraestrutura completa para congressos e seminários.

Com capacidade para 290 pessoas, o estabelecimento possui café, lanchonete, hall para recepção, amplo jardim com mesas e estacionamento no local.


Mercado imobiliário

A Vila Leopoldina é um bairro que está em constante evolução, sempre se aprimorando para atender ao público emergente e cada vez mais exigente. 

O público da região é atraído tanto pela proximidade com as marginais, assim como pelos apartamentos maiores de três e quatro dormitórios.

Mesmo que os edifícios de unidades amplas tenham destaque no distrito, há também espaço para os apartamentos menores. Características das construções mais recentes que buscam atender o estilo de vida de solteiros e jovens casais que passaram a valorizar a varanda gourmet e prédios com infraestrutura completa.

Para quem deseja investir, a Vila Leopoldina está entre os 20 melhores bairros da cidade, de acordo com o Termômetro de Retorno de Investimento Imobiliário da LAR, uma startup administradora de condomínios. A pesquisa analisou 71 bairros de São Paulo. 

O cálculo para definir quais são os melhores bairros para se investir é feito com a comparação do valor do aluguel por metro quadrado e a soma do IPTU e condomínio. Quanto maior a distância entre os dois valores melhor é o retorno de investimento.




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